30 de junho de 2011

#aqui-tem-verão-também

É verão minha gente, finalmente verão! Chega de mofo, janelas fechadas! Vocês sabem há quantos dias de frio, neve, mãos geladas, aquecedor no máximo e gripe, eu espero por esta estação? Não, nem imaginam! Eu saí do Brasil na primavera e no dia seguinte me deparava com o outono alemão. Ou seja, fiquei praticamente um ano sem temperaturas quentes. Nunca fui fã do calor. Na realidade nem sou, detesto, mas após meses, semanas intermináveis, muito confinamento e quilos de casacos sobre a pele, posso me dar ao luxo de tirar proveito desses dias de sol tórrido. Também estou animada por finalmente poder conhecer a outra face dessa terra, a cara alegre, já que não existe anti-depressivo melhor do que a produção de vitamina D feita pelo nosso corpo após a exposição moderada aos raios solares.

Agora com os dias mais longos, com sol na rua todos os dias, grama bem verde e fofa, os parques ficam lotados, as sorveterias parecem casas lotéricas antes de sorteio da mega-sena  acumulada e achar um espaço ao redor dos lagos ou das piscinas públicas para sentar-se é uma verdadeira batalha, mas como todos querem é se divertir, sempre dá-se um jeito.
Enquanto vocês sofrem batendo o queixo aí, é minha vez agora de ter quedas de pressão, sudorese em demasia, a pele toda avermelhada por andar sob o sol forte, afinal é isso que é o verão, uma sequência de incômodos até nos cercarmos com água gelada por todos os lados.
Aqui no sul não há a opção de praias, porém não creio que no norte eles desfrutem tanto como nós as nossas no Brasil, uma vez que lá as águas são extremamente geladas e em alguns pontos não é areia, mas pedras, que existem à beira do mar.

walter, irina e minhas pernas no Bodensee em Friedrishafen 
Antes de embarcar nessa viagem, em algumas conversas com amigas que já haviam morado aqui, me disseram para eu ficar atenta na mudança de comportamento que o verão possibilita às pessoas terem. Realmente, eu já estava surpresa na primavera, mas agora é fato: o alemão muda de personalidade nos meses quentes.  Mais aberto ao diálogo, brincalhão, as pessoas ficam nos cafés e nos parques, quase até o dia desaparecer, e isso acontece às 22 horas. Parece que todos estavam carentes de contato, risadas fraternas, conversas com estranhos na rua. É muito bonito ver esse desabrochar humano, uma vez que ter sol e calor é banal e corriqueiro para nós da América Latina.


Aqui, assim como no Brasil, são os idosos os que mais sofrem com as altas temperaturas. Não existe ventilador para comprar nos mercados (pelo menos não aqui em Weingarten), mas várias lojas tem sistema de refrigeração (amém). É agora que acontecerão todas as festas típicas e tradiconais das regiões, culminando na Oktoberfest de Munique, em outubro (logicamente), a maior festa da cerveja do mundo!

Eu particularmente não gosto da fervura do verão, nem tão pouco me apetece o frio doentio do inverno. Eu vivo bem é na entressafra. Nos meses que não são muito “isso” ou muito “aquilo”. Eu sou o 48, o número exato entre o 8 e o 80. Nasci na primavera e essa será minha estação do ano favorita até o dia em que me for “dessa pra melhor”. Aposto que se eu morrer de velhice será no verão. Mas, enquanto essa tragédia não acontecer, vou desfrutar esta estação antes que meus dias aqui se acabem.

2 comentários:

  1. Você escreve muito bem! Parabéns! (acho engraçado qdo as pessoas falam isso e depois falam "parabéns", afinal, parabéns pelo quê? então como as pessoas fazem, tb resolvi dar uma de "pessoa normal". Rsrsrsrs)

    É bom ver coisas escritas de uma maneira legal, e não cheio de erros GROTESCOS como sempre vejo em facebooks da vida...

    Vamo que vamo! Escrever é muito bommmm!!

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  2. valeu daniiiii! e olha que eu não tenho corretor ortográfico no meu word hein?!

    hehe

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