escrito por Charlotte Brönte
"Não há nada tão triste quanto uma criança levada — começou — especialmente uma menininha levada. Sabe para onde vão os maus após a morte?
— Vão para o inferno — foi minha pronta e ortodoxa resposta.
— E que é o inferno? Pode me dizer isso?
— Um poço cheio de fogo.
— E você gostaria de cair nesse poço, e ficar lá queimando para sempre?
— Não, senhor.
— Que deve fazer para evitar isso?
Eu pensei por um momento; minha resposta, quando veio, era contestável:
— Devo me manter em boa saúde, e não morrer."
Sensacional resposta da pequena Jane Eyre, no começo da história.
cena do filme de 1944 - no internato |
Gostei muito da leitura. Expõe a tentativa de uma mulherer, em plena era vitoriana, de se descolar do papel de "anjo da casa/santa do lar" e ser protagonitsa de sua própria história, casar com alguém que ama (ou gosta a ponto de conviver) sem ser seu mestre e ter uma profissão. Experiências tão triviais para as mulheres de hoje, parecem até ficção de folhetim quando lidas. Vale a pena conferir. As analogias feitas com as cores, o tempo, a lua e o fogo são muito bem colocados a fim de tornarem a documentação em poesia.
É como eu digo, conhecer o passado para entender o presente e melhorar o futuro. Chavão que vem sempre a calhar.
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