22 de janeiro de 2011

#forzzaItalia


Das minhas idas, vindas e as constantes despedidas. [#116 dias na europa]

Na pausa de inverno para as festas de fim de ano viajei para a região da Toscana, na Itália. Minha tia veio passear  pela europa e fui ter com ela.
Apesar do frio indescritível, as belas paisagens de uma das regiões mais bonitas da europa tiravam-me mais o fôlego do que o vento gelado.

Em Bergamo, o quartel-general alfa-gama-delta da minha curta jornada italiana, conheci a cidade alta, que fica na parte alta [dã] da cidade. É onde se localiza a parte histórica com construções típicas romanas e curiosamente três igrejas uma ao lado da outra. Lá tem também um museu de história natural muito divertido, podemos tocar e sentir  tudo dentro dele.


Em Florença vi a famosa ponte velha que nos leva de uma margem à outro do rio Arno. Segundo  dizem as boas línguas, a mando de Hitler ela não foi danificada durante a 2ª Guerra Mundial. É uma cidade muito linda, infestada de turistas, mas vale muito a pena conhecer. Pena que não consegui entrar no museu do Galileu, por ser Natal, a cidade estava praticamente toda fechada nos dias 25 e 26.

Em Milão vi a famosa praça Dumo e passeio o reveillon fugindo os barulhentos rojões que a chinesada vendia a preço de banana em frente ao castelo Sforzesco. Eu disse que tinha muito turista em Florença né? Pensa em umas das mais famosas, grandes e ícones da moda mundial. Pensou certo.  Se piscar, perde os parceiros de viagem. Passear de trem é uma boa pedida lá. Você faz o mesmo roteiro daqueles ônibus pega-turista por menos da metade do preço.

Em Verona o dia nos presentiou com um belo sol e tempo sem vento. Perfeito para conhecer as casas de Romeu e sua querida Julieta. Entramos também na arena que por fora é similar ao Coliseu de Roma. Verona é uma típica cidade histórica italiana. Tem a perfeita mistura entre as construções antigas e as modernas. Fica a dica tomar um delicioso sorvete na pracinha da Arena.

Em todas elas visitei museus, museus e museus! Me alimentei de arte antiga, clássica e moderna o máximo que consegui digerir! Falando em comer, como come-se bem na Itália! Não consegui sair muito do trivial, pasta e pizza, mas enfim, eram massas italianas sendo devoradas na terra mater!

Faltou conhecer Pisa, Roma e outras tantas... mas tenho certeza que os deuses vão me presentear novamente com uma passada pela bella terra.  E de preferência no verão! 

Enfim, após duas semanas na Itália chegou a hora de trazer a tia e o primo da minha mãe à Alemanha. Passeamos aqui pelas cidades já por mim muito conhecidas. Foram belas tardes vendo o Bodensee . Descansamos bastante para nos prepararmos para ir à Londres.

Haaa Londres. A doida. A enorme. A multiétnica. A megalomaníaca.
Londres eu deixo para um post só dela.

Por hoje é só pessoal.
Abraços e força para todos que perderam tudo durante as enchentes no Brasil, em especial uma tia minha.


p.s.: clique nas palavras em vermelho para visualizar a respectiva foto

16 de janeiro de 2011

#anoNovo

De volta em casa... reorganizando tudo para continuar o semestre.

De volta ao lar.. Weingarten é pequena, não tem o agito de Milão, nem a megalomania de Londres, mas me fez uma faltinha.

De volta a rotina.. ano novo é sempre assim, aquela balelada toda que a gente inventa pra si, conta aos outros, planeja, anota, e em poucas semanas não dá em nada.

Porém, faz parte.

um beijo
um abraço

#doismileouse chegou.

castello sforzesco - milão



Receita de ano novo 
por Carlos D. de A.


Para você ganhar belíssimo Ano Novo
cor do arco-íris, ou da cor da sua paz,
Ano Novo sem comparação com todo o tempo já vivido
(mal vivido talvez ou sem sentido)
para você ganhar um ano
não apenas pintado de novo, remendado às carreiras,
mas novo nas sementinhas do vir-a-ser;
novo
até no coração das coisas menos percebidas
(a começar pelo seu interior)
novo, espontâneo, que de tão perfeito nem se nota,
mas com ele se come, se passeia,
se ama, se compreende, se trabalha,
você não precisa beber champanha ou qualquer outra birita,
não precisa expedir nem receber mensagens
(planta recebe mensagens?
passa telegramas?)


Não precisa
fazer lista de boas intenções
para arquivá-las na gaveta.
Não precisa chorar arrependido
pelas besteiras consumidas
nem parvamente acreditar
que por decreto de esperança
a partir de janeiro as coisas mudem
e seja tudo claridade, recompensa,
justiça entre os homens e as nações,
liberdade com cheiro e gosto de pão matinal,
direitos respeitados, começando
pelo direito augusto de viver.


Para ganhar um Ano Novo
que mereça este nome,
você, meu caro, tem de merecê-lo,
tem de fazê-lo novo, eu sei que não é fácil,
mas tente, experimente, consciente.
É dentro de você que o Ano Novo
cochila e espera desde sempre